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quarta-feira, 6 de junho de 2012
Estruturas
Da Mente: A Teoria Das Inteligências Múltiplas
Howard
Gardner
Resumo:
Questionando
as teorias cognitivas atuais, Howard Gardner apresenta sua teoria das
inteligências múltiplas. Parte do pressuposto da existência de pelo menos sete
tipos de inteligências, a saber: A inteligência lingüística, a musical, a
lógico-matemática, a espacial, a corporal-cinestésica e as pessoais
(intrapessoal e interpessoal).
Juntando
elementos teóricos da neurologia e da psicologia cognitiva, Gardner critica a
presunção dos testes de QI (Quociente de Inteligência) na medição da
inteligência, tendo em vista que os testes são restritos em sua abrangência,
focando somente o conhecimento lingüístico e lógico-matemático e com formato
baseado em uma cultura ocidental, não respeitando as demais.
O
autor compara a utilização e valoração destas inteligências nas mais diversas
culturas, traça uma relação de cada inteligência com áreas específicas do
cérebro, exemplifica como a cultura impacta no desenvolvimento de cada
inteligência no indivíduo e, por fim, ainda tece comentários sobre a criação e
implementação de um projeto pedagógico baseado neste conceito de inteligências
múltiplas.
Transcorrendo
pela história da educação, entre outras coisas, o autor destaca a ênfase dada a
algumas inteligências. Como na educação medieval e na corânica (ensino islâmico
baseado no Corão) a evidência é para as habilidades lingüísticas e para
inteligências pessoais sobre tudo a interpessoal tendo em vista que o foco é a
memorização de textos "sagrados" e a explanação dos mesmos. Principalmente com o
rompimento da igreja com o Estado, vê-se uma proeminência de estudos da
inteligência lógico-matemática, e a intrapessoal (pessoais), principalmente nos
países ocidentais.
Mesmo
a Grécia, que tanto primava pelo desenvolvimento intelectual conjuntamente com o
físico ou corporal-cenestésico, este último, unido a inteligência espacial, tem
sido mais explorado por culturas não ocidentais. O que é importante ressaltar é
que a teoria das inteligências múltiplas deu um grande avanço no pensamento
restrito e até preconceituoso que havia até o momento no quesito inteligência
humana. Existem vários tipos de inteligências que, além de variarem de cultura
para cultura de cada indivíduo, tem sua particularidade, e há inteligências mais
desenvolvidas do que outras. Podemos e devemos desenvolver cada uma delas e
principalmente focar naquela que nos proporciona maior prazer e onde temos
aptidão para que sejamos bem sucedidos.
Fonte: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_46666.html
Fonte: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_46666.html
sexta-feira, 1 de junho de 2012

José Manuel Moran
Apresentação:
Educar
é colaborar para que professores e alunos nas escolas e organizações -
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional -
do seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão,
emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais
e de trabalho e tornar-se cidadãos realizados e
produtivos.
Educamos de verdade quando aprendemos com cada coisa, pessoa ou idéia que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, experienciamos, lemos, compartilhamos e sonhamos; quando aprendemos em todos os espaços em que vivemos na família, na escola, no trabalho, no lazer, etc. Educamos aprendendo a integrar em novas sínteses o real e o imaginário; o presente e o passado olhando para o futuro; ciência, arte e técnica; razão e emoção.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
As Tecnologias da
Informação e Comunicação e a Educação
Elisa Maria Quartiero
Resumo:
A discussão sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação no espaço educacional deve centralizar seu foco na questão pedagógica. Antes de definirmos qual o melhor equipamento ou software a ser utilizado, devemos nos perguntar: o que efetivamente essas tecnologias, corporificadas principalmente no computador, trazem de avanço qualitativamente superior para o processo de ensino-aprendizagem? É necessário analisar o comportamento do emissor face à transmissão de conteúdos e os níveis de intervenção do educando na recepção, produção e circulação do conhecimento para termos uma idéia real do alcance dessas tecnologias no espaço educativo.
Leia mais em http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/rbie/4/1/006.pdf
Elisa Maria Quartiero
A discussão sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação no espaço educacional deve centralizar seu foco na questão pedagógica. Antes de definirmos qual o melhor equipamento ou software a ser utilizado, devemos nos perguntar: o que efetivamente essas tecnologias, corporificadas principalmente no computador, trazem de avanço qualitativamente superior para o processo de ensino-aprendizagem? É necessário analisar o comportamento do emissor face à transmissão de conteúdos e os níveis de intervenção do educando na recepção, produção e circulação do conhecimento para termos uma idéia real do alcance dessas tecnologias no espaço educativo.
Leia mais em http://www.lbd.dcc.ufmg.br/colecoes/rbie/4/1/006.pdf
Gaiolas e asas – Rubem Alves
Os
pensamentos chegam-me de um modo inesperado, sob a forma de aforismos. Fico
feliz porque sei que, frequentemente, também Lichtenberg, William Blake e
Nietzsche eram
atacados por
eles. Digo
atacados porque
eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Os aforismos
são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, este aforismo
atacou-me:
Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem
para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são
pássaros sob controlo. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser.
Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a
essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros
engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos
pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o
voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser
encorajado.
Esse simples aforismo nasceu de um
sofrimento: sofri, conversando com professores em escolas. O que eles contam são
relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E
eles, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia
determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os
seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras
à mostra – e os domadores com os seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais
para a força dos tigres.
Sentir alegria ao sair de casa
para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de
tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta
que os fecha com os tigres. Violento, o pássaro que luta contra os arames da
gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os
adolescentes? Ou serão as escolas que são
violentas?
As escolas serão gaiolas? Vão
falar-me da necessidade das escolas dizendo que os adolescentes precisam de ser
educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que
todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida
melhor. Mas eu pergunto: as nossas escolas estão a dar uma boa educação? O que é
uma boa educação? O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos
ficam com uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E,
para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações,
acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da
Educação.
Mas
será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o
ideal de uma boa educação? Sabe o que é um “dígrafo”? E conhece os usos da
partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da
frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado
retumbante”? Qual é a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professores,
também engaiolados… São obrigados a ensinar o que os programas mandam, sabendo
que é inútil. Isso é um hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata a sua
experiência com as escolas:
Fui forçado (!) a estudar o que os professores decidiam que eu deveria aprender.
E aprender à sua maneira.
O
sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer
aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um
instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que a
inteligência era a
ferramenta e
o
brinquedo do
corpo, Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender
ferramentas,
aprender
brinquedos.
Asferramentas
são
conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia.
Os
brinquedos são
todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão
prazer e alegria à alma.
Nessas
duas palavras,
ferramentas e
brinquedos,
estão o resumo da educação. Ferramentas
e
brinquedos não
são gaiolas. São asas. As
ferramentas permitem-me
voar pelos caminhos do mundo. Os
brinquedos permitem-me
voar pelos caminhos da alma. Quem está a aprender
ferramentas e
brinquedos está
a aprender liberdade, não fica violento. Fica alegre, ao ver as asas crescer…
Assim todo o professor, ao ensinar, deveria perguntar-se:
Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se
não for, é melhor pôr de parte. As estatísticas oficiais anunciam o aumento das
escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se as escolas são gaiolas
ou asas.
Mas
eu sei que há professores que amam o voo dos seus
alunos.Há esperança…
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